Limiar
Uma experiência estética imersiva interativa, que permite a contemplação tanto ativa quanto observar outras pessoas na obra, sempre habitando o Limiar entre mundos de aquarela e som. Camadas de aquarelas vão sendo desveladas conforme os visitantes se aproximam, marcando suavemente suas silhuetas. Em algum lugar do Limiar habitam formas luminosas que buscam os pasticipantes e se evadem. A trilha sonora co-interage com alguns elementos gráficos, ligados à presença e interação dos visitantes. A projeção é em formato widescreen e o áudio tem espacialização reativa.
Especificamente, 5 aquarelas estão sobrepostas e vão sendo reveladas de acordo com a interação das pessoas com a obra, capturada por um sensor Kinect. Uma aquarela em tons predominantemente alaranjados é revelada pela silhueta dos presentes e também por agentes inteligentes que lembram fogos-fátuos (wisps). Esses agentes possuem um comportamento de movimento inteligente (steering behaviour) que se aproxima dos visitantes em grupo, para, ao se aproximar demais, voltar para um lugar seguro, trazendo uma sensação de obra viva e de sedução. Elementos geométricos atraídos pelos visitantes revelam outras camadas, arrastam consigo o panorama do áudio e também há um elemento geométrico procedural, diferente e único a cada ciclo. Uma aquarela de uma paisagem predominantemente roxa com cactus é revelada por uma máscara circular centrada nos visitantes e cujo tamanho obedece a intensidade da trilha sonora. Quais aquarelas e quais elementos encontram-se presentes são roteirizados pela trilha sonora. O código-fonte da obra foi feito em OpenFrameworks (C++).
Ficha técnica:
Instalação audiovisual interativa, ano 2017. Concepção e execução: Atelier Digital (Alexandre Chaves, Kaue Costa, João Aires, Tiago Brizolara). Aquarelas: João Aires. Programação: Kaue Costa, Tiago Brizolara. Trilha sonora (exceto na estréia): Tiago Brizolara, Flora Holderbaum.